Avançar para o conteúdo
  • Início
  • Sobre
  • Contato
  • Podcasts
  • Sorteios
  • Desafios literários
    • Volta ao mundo com 12 mulheres 2021

Pesquisar

HomeEu não sei logaritmo

Ouça o nosso podcast!

Posts recentes

  • Esperando Godot
  • O nome da rosa
  • Van Gogh – A vida
  • Silas Marner – o tecelão de Raveloe, George Eliot
  • Melhores de 2021

Categorias

  • Antropologia e Sociologia
  • Crusoé de poltrona
  • Diário voador
  • Ilhas de estantes
  • Linguística
  • Literatura
  • Menos logaritmo
  • TV e cinema

Meta

  • Acessar
  • Feed de posts
  • Feed de comentários
  • WordPress.org

Categorias

  • Antropologia e Sociologia
  • Crusoé de poltrona
  • Diário voador
  • Ilhas de estantes
  • Linguística
  • Literatura
  • Menos logaritmo
  • TV e cinema

Instagram

eunaoseilogaritmo

📚 falando de tudo, menos logaritmo
💍 Yumi e Natasha
🎓 Letras e antropologia (Unicamp)
📧 contato@eunaoseilogaritmo.com.br

eu não sei logaritmo
Ontem fomos ao @oficinauzynauzona conferir a monta Ontem fomos ao @oficinauzynauzona conferir a montagem de Esperando Godot, que ficará em cartaz até 19 de junho. Foi uma enxurrada sensorial sem igual. A começar pelo teatro, projeto de Lina Bo Bardi e Edson Elito. Um espaço inspirado e inspirador, tão distante quanto possível dos auditórios a que estamos acostumados (assistimos ao espetáculo do alto, em bancos sustentados por andaimes, e os atores emergem de alçapões sob o palco) e tão apropriado à encenação da peça de Beckett em particular, já que sua arquitetura se utiliza de uma árvore cujo galho se projeta para dentro do teatro – Esperando Godot sabidamente tem como cenário apenas uma árvore e uma lua eventual.

Aproveitei a oportunidade para ler o clássico de Beckett, originalmente publicado em 1949, na Paris do pós-guerra. A história é simples: dois homens, Vladimir e Estragon, estão em uma estrada esperando outro homem, o tal Godot, chegar. No entanto, ao invés de Godot, chegam Pozzo e seu servo Lucky. Duas vezes – a peça em dois atos se desdobra como um espelho insano e contraria as narrativas convencionais com começo, meio e fim. 

Os diálogos absurdos empreendidos pelos personagens preenchem as linhas simples do enredo com vigor e ritmo, vertiginosa repetição, negação da memória, poesia metafísica, digamos (apesar de Beckett aparentemente ter sempre negado essas tentativas de interpretações), e picos altíssimos de lucidez quanto à condição humana, sempre absurda diante de um escrutínio mais detido. Os dois clowns maltrapilhos, através de sua loucura, nos colocam na posição de estarmos também esperando por Godot, seja ele quem for. (E que experiência incrível vê-los encarnados por Alexandre Borges e Marcelo Drummond. A leitura da peça, nessa bonita edição em capa dura da Companhia das Letras, se enriqueceu muito quando dei a eles o rosto e a voz desses dois grandes atores.)

Ao fim da peça, Zé Celso apareceu no palco para conversar com a plateia. Falou sobre esperar, esperança. E mandou a real: esse presidente que nos governa hoje, tão parecido com o grotesco Pozzo-Bozzo, já não é mais o presidente. Ele está apenas cumprindo tabela. A frente democrática já venceu. Não vamos mais esperar, vamos agir.
Eu e @ari.ane.h nos conhecemos em outubro aqui pel Eu e @ari.ane.h nos conhecemos em outubro aqui pelas redes e, por força da coincidências (e da poesia, claro), meu livro Quarto mapa chegou até ela no dia 20, o tal Dia do Poeta. Achei auspicioso. Desde então, temos mantido contato, sempre através dos nossos livros e leituras, e foi com grande prazer que recebi um pacote de Curitiba umas semanas atrás, numa quinta-feira azul – quase sábado, para dar dar prosseguimento às contingências poéticas dessa nossa troca de livros autorais.

Pois bem. Quase sábado é uma bonita coleção de poemas. Atual, sensível e despretensiosa. Há, como o título sugere, uma iminência que paira: o sábado, no poema que dá título ao livro, chega – mas nunca completamente. Os poemas de luta de Ariane parecem sugerir a mesma coisa:

“É preciso registrar – em linhas, parágrafo, caixa baixa, caixa alta, vírgulas e ponto – toda essa agonia de ser [cidadã brasileira, de ciências humanas, a favor do povo, da educação, da universidade, dos livros, dos indígenas, das mulheres, dos pretos, dos coloridos, dos diferentes e esquecidos, de todos que pensam com a cabeça e o coração]”

Viver no Brasil de 2022 é realmente algo como esperar um sábado evasivo que acaba por chegar, mas chega oco, como se não chegasse de fato. Não há descanso.

Talvez o único jeito de combater tanta feiúra seja mesmo espalhando poesia.

#poesiacontemporanea #leiamulheres #quasesabado #arianehidalgo
Caetano Veloso é melhor que Bob Dylan. Esse é o Caetano Veloso é melhor que Bob Dylan. Esse é o post de hoje. Leiam Verdade tropical.

#verdadetropical #caetanoveloso #tropicália
De acordo com a revista Time, este livro de memór De acordo com a revista Time, este livro de memórias de Stephen King, lançado originalmente no ano de 2000, é “um dos 100 melhores livros de não ficção de todos os tempos”. Para o Cleveland Plain Dealer, é “o melhor livro sobre a escrita, de todos os tempos.” 

Realmente, é um belo livro cheio de insights interessantes para quem se interessa pelo fazer literário. Dividida em três partes (uma mini autobiografia, uma reflexão sobre a escrita e uma seção de dicas práticas para aspirantes a ficcionistas), a edição atualizada (a minha é de 2021, pelo selo Suma) contém ainda duas listas de leituras recomendadas por King.

Escrito no estilo direto e irreverente do autor de Carrie, O Iluminado, Cujo, It - A coisa, entre outros megahits (acabei de checar aqui no Google a embasbacante estimativa de que Stephen King já escreveu 60 livros que foram publicados em 40 países e venderam mais de 400 milhões de cópias!), Sobre a escrita é uma leitura gostosa que estou fazendo pela segunda vez. Da primeira vez li no original em inglês (On writing: A memoir of the craft, pela Scribner) e recomendo aos que gostem de ler naquele idioma, já que há dicas e exemplos bem específicos que se perdem um pouco na tradução. 

De qualquer maneira, leiam Sobre a escrita.

#stephenking #sobreaescrita #editorasuma
"Lá fora o sol se punha, o tipo de simetria preci "Lá fora o sol se punha,
o tipo de simetria precisa
que sempre registrei.

Se pelo menos eu soubesse, ele disse,
o efeito das palavras.
Você está vendo como esta coisa ganhou peso e importância
desde que eu falei?

Eu podia ter feito isto há muito tempo, ele disse,
em vez de gastar meu tempo começando uma e outra vez"
- trecho de Sol poente

Os quinze poemas publicados depois de receber o Nobel de literatura de 2020 me levaram de volta à paisagem esfumaçada e solitária pintada na poesia de Glück, cuja simplicidade na escolha das palavras e a musicalidade alcançada são talvez as coisas mais bonitas de sua escrita.

#louisegluck #poesia #prêmionobeldeliteratura #leiamulheres
Separamos aqui algumas ilustrações desse livro l Separamos aqui algumas ilustrações desse livro lindinho, baseado em um poema de Alice Walker. Às vezes é realmente importante lembrarmos que pessoas legais existem, já que as chatas geralmente se fazem notar de maneira mais eficiente: são mais barulhentas, espaçosas, incomodam sem parar e muitas delas colam adesivos toscos no carro.

Assinadas por Quim Torres, as ilustrações acompanham a tradução de nina rizzi nessa bonita edição publicada este ano pela José Olympio. Receber "Gente legal está em todo lugar" foi uma ótima surpresa neste sábado de manhã, e não vejo a hora de fazer a leitura com meus sobrinhos.

#alicewalker #gentelegalestaemtodolugar #quimtorres #joseolympio #literaturainfantil #criadoresdoger2022
Load More... Seguir
2022 © eu não sei logaritmo. Desenvolvido com carinho by Pedro Ortega.