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Desafios literários

Aqui ficam compilados desafios literários – alguns são para uma vida, outros para um ano… se quiser, vem com a gente nessa ♥️

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eunaoseilogaritmo

💬 falando de tudo, menos logaritmo
👭🏻 letras | ciências sociais (Unicamp)
📧 contato@eunaoseilogaritmo.com.br

eu não sei logaritmo
“O súdito ideal do governo totalitário não é “O súdito ideal do governo totalitário não é o nazista convicto nem o comunista convicto, mas aquele para quem já não existe a diferença entre o fato e a ficção (isto é, a realidade da experiência) e a diferença entre o verdadeiro e o falso (isto é, os critérios do pensamento).” Este trecho, retirado do clássico Origens do totalitarismo, de Hannah Arendt, é citado logo na introdução deste pequeno mas potente livro de Michiko Kakutani, a ilustre e longeva crítica literária do New York Times. 

Ganhadora do Pulitzer e nome incontornável do pensamento artístico em língua inglesa nos últimos quarenta anos, Kakutani se propõe, neste A morte da verdade, de 2018, a pensar a eleição dessa figura grotesca que volta e meia brota nos noticiários pelas razões erradas: Donald Trump, o 45º presidente dos EUA, “uma mistura de Ubu Rei, Triumph the Insult Comic Dog e um personagem descartado de Molière”.

De acordo com a autora, “Trump mente de forma tão prolífica e com tamanha velocidade que o The Washington Post calculou que ele fez 2.140 alegações falsas ou enganosas no seu primeiro ano de governo – uma média de quase 5,9 por dia.” De que maneira a sociedade norte-americana engole uma figura dessas e a elege líder máximo é a discussão proposta por Kakutani. 

Na mesma semana em que Trump é banido do Twitter por suspeitas de incitar manifestações antidemocráticas que culminaram em uma invasão surreal e burlesca do Capitólio, símbolo maior dos valores democráticos estadunidenses, achei que era hora de retornar a este livrinho interessantíssimo, de se ler em uma sentada, para pensar a questão com um pouco mais de propriedade.

E também não podemos nos esquecer de que a guerra de informação na era da pós-verdade diz respeito aos brasileiros de maneira dolorosamente cabível: nosso governo atual, que não por coincidência subiu ao poder em 2018, a exemplo dos comportamentos trumpistas, “nubla perigosamente os limites entre fato e opinião, entre argumentação embasada e bravata especulativa.” Infelizmente, a carapuça serve bem demais.

#literatura #amortedaverdade #michikokakutani
Volta ao mundo com 12 mulheres! 🌎 Ao avaliar as Volta ao mundo com 12 mulheres!
🌎
Ao avaliar as leituras de 2020, por mais diversas que tenham sido, notamos que o homem branco europeu/norte-americano ainda predominou. Então, para 2021, a ideia é ler autoras mulheres de países diferentes - uma por mês. É claro que queremos e vamos ler mais mulheres que isso, mas esse desafio é para ficar mais ~ oficial ~ e convidar quem quiser vir nessa com a gente!
🌍
Os países escolhidos são:
• janeiro: Brasil
• fevereiro: Irã
• março: Chile
• abril: França
• maio: Israel
• junho: Venezuela
• julho: Polônia
• agosto: Estados Unidos
• setembro: Nigéria
• outubro: Ruanda
• novembro: Bielorrússia
• dezembro: Inglaterra
🌏
Pré-selecionamos alguns livros que estavam na nossa lista há um tempão, maaaaas gostaríamos de mais sugestões. Vocês têm alguma autora preferida ou algum livro favorito escrito por mulheres de um desses países? Conta pra gente!

* Este ano, pela primeira vez, escolhemos previamente alguns livros a serem lidos a cada mês - mas de resto, ainda seguimos sem metas, lendo o que quisermos, na hora que quisermos, aquela bagunça que a gente gosta - então, torçam por nós, e ajudem a gente 🙃
Esse primeiro volume de coletâneas de entrevistas Esse primeiro volume de coletâneas de entrevistas da Paris Review foi um pequeno tesouro que achei sem querer na biblioteca do IFCH, há uns anos. Retirei o volume para ler a do Borges, mas acabei lendo todas as catorze mesmo por causa do naipe dos entrevistados e da qualidade das conversas (a “entrevista da Paris Review”, que começou a ser publicada em 1953, marcou a literatura do século XX e hoje é uma espécie de subgênero, um feito de consagração reservado apenas aos grandes). Gostei tanto da leitura que, recentemente, adquiri os dois volumes editados no Brasil pela Companhia das Letras.
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Legal passar por um Faulkner quase messiânico, um Capote estrelíssima (Lady Gaga de seu tempo), um Hemingway distribuidor de coices (o repórter fazia perguntas e o Hemingway falava na lata que a pergunta era desinteressante ou chata), um Borges exageradamente modesto como sempre, retornando de maneira muito familiar às infalíveis sagas nórdicas e seus autores preferidos, uma simpaticíssima senhora Doris Lessing e até um Billy Wilder canastrão da era de ouro de Hollywood.
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Para quem gosta de literatura, é um livro hipnótico. Todos esses escritores, tão diferentes entre si mas tão semelhantes no que diz respeito à capacidade de observar e plasmar, têm lições interessantíssimas a dar. E não consigo imaginar algo melhor que passar a tarde conversando com alguns dos maiores ficcionistas do mundo sobre seus processos criativos e suas relações com a literatura e com a vida.
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Separei alguns trechos interessantes, só arrastar para o lado. E também tem mais alguns excertos no blog: eunaoseilogaritmo.com.br
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Se pudesse entrevistar um(a) autor(a) vivo(a) ou morto(a), quem seria?

#entrevistas #parisreview #literatura
O ano de 2020 não foi exatamente brilhante para a O ano de 2020 não foi exatamente brilhante para a humanidade. Entre plots de um vírus mortal à solta e seus impactos que nem os mais clarividentes cientistas poderiam prever, polarizações insolúveis e distanciamentos compulsórios, vivemos nossas vidinhas enclausurados no esforço mundial de contenção do contágio e no meio do caminho aprendemos bastante coisa.
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Muitas pessoas passaram por perdas irreparáveis. Sentimos muito, muitíssimo. Houve momentos aqui em casa, na quarentena interminável, em que ficamos profundamente angustiadas após dois minutos de leitura das notícias. Apesar de toda a carga desse ano atípico, hoje fechamos esse ciclo de 365 dias com a certeza de que fizemos nosso melhor para participar dessa mobilização mundial que certamente deveria ter sido mais unânime.
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Não podemos, no entanto, incorrer em ingratidão. Conseguimos nos manter a salvo, assim como os mais próximos a nós. Entre as coisas positivas que esse 2020 louco nos trouxe, também, estão as leituras que pudemos colecionar. Ao mudar nossos hábitos tão repentinamente, nosso tempo livre acabou sendo quase totalmente dedicado aos livros, séries e filmes que podíamos consumir dentro de casa.
📚
Segue aqui, então, nosso pequeno balanço e umas listinhas de sugestões para 2021, que, esperamos, será um ano mais leve e de mais esperança para todos nós:

Os livros do ano da Yumi
• Quinquilharias e recordações: biografia de W. Szymborska - A. Bikont e J. Szczesna
• O náufrago - Thomas Bernhard
• Corpo: um guia para usuários - Bill Bryson
• Gabriela, cravo e canela - Jorge Amado
• Minha irmã, a serial killer - Oyinkan Braithwaite

Os livros do ano da Natasha
• As guerrilheiras - Monique Wittig
• The Miraculous Journey of Edward Tulane - Kate DiCamillo
• A vegetariana - Han Kang
• Água doce - Akwaeke Emezi
• A literatura nazista na América - Roberto Bolaño

Os livros do ano de casal ♥️
• Sobre os ossos dos mortos - Olga Tokarczuk
• Para o meu coração num domingo - Wisława Szymborska
• Orlando - Virginia Woolf
• Vamos comprar um poeta - Afonso Cruz
• Amares - Eduardo Galeano

Qual leitura do seu 2020 você indica pra gente? 😃

Veja também nossa lista de filmes e séries em eunaoseilogaritmo.com.br
Os jogos olímpicos de Sydney, sob o slogan de “ Os jogos olímpicos de Sydney, sob o slogan de “Os jogos do novo milênio”, foram um divisor de águas para a ginástica artística. Assim como os jogos de Montreal parecem ter sido palco para a ascensão de uma potência na modalidade, uma que estabeleceria novos paradigmas de excelência na figura de Nadia Comaneci, os jogos australianos parecem ter se dado conta de que o reinado romeno estava durando tempo demais. Para se ter uma ideia, a seleção romena de ginástica artística feminina tem 47 medalhas nos jogos olímpicos; as americanas têm 38 e as russas e as chinesas, 19 e 18, respectivamente; o Brasil, por sua vez, ainda não tem nenhuma.
🥇
Em sua autobiografia, The other side of the medal, Andreea Raducan oferece um vislumbre de sua vida enquanto era parte do time nacional, e o que vemos é uma possível explicação para o sucesso da escola romena. A tradição de training camps rigorosos (sete dias por semana, oito horas por dia) para as seleções nacionais, com recrutamento de novos talentos em todo o território romeno, não é a mesma praticada nos EUA, por exemplo. Andreea relata que, nos anos em que viveu no internato em Deva, era aluna de uma escola especial para as ginastas, tinha uma dieta restrita até a última caloria e só via a família nos feriados de natal.
🥇
O livro é antes de mais nada uma espécie de justificativa, perante o mundo, da primeira ginasta a ter uma medalha olímpica confiscada por conta de uma acusação de doping. Lançado em 2012, o livro é uma autobiografia (devidamente pasteurizada) da atleta e uma leitura interessante para os admiradores da ginástica artística romena. Apesar de não ter lá grande valor como literatura (a edição que comprei no Kindle por 27 reais estava inclusive repleta de erros de revisão), é um documento valioso para os fãs de Andreea e também para quem se lembra de toda a controvérsia que tomou conta dos noticiários naquele distante verão australiano do ano 2000, quando o mundo ainda era outro e as coisas eram inocentes a ponto de o cavalo de salto estar 5 centímetros mais baixo no dia da final individual geral.
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O texto completão sobre esse que é um dos maiores foras do esporte mundial está em: eunaoseilogaritmo.com.br
Yeonghye, uma mulher que, até deixar de comer car Yeonghye, uma mulher que, até deixar de comer carne, provavelmente não seria reconhecida por nada de especial, é a protagonista do romance sul-coreano que foi um hype desde que ganhou o Man Booker International Prize de 2016. Depois de muitas indicações (alô, @rededeintrigas), finalmente li essa potência de 170 páginas.
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Apesar do título, esse não é um livro (só) sobre vegetarianismo; mas, é a partir da recusa à ingestão de carne, devido a sonhos constantes, que Yeonghye parece rejeitar a brutalidade humana. É a partir de uma mudança, num primeiro momento, no âmbito pessoal, que a estrutura social a sua volta é alterada. Yeonghye vai do ordinário ao especial, e sua libertação deve passar do onírico para o real.
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O livro é dividido em três partes narradas por três diferentes membros das família de Yeonghye: seu marido, seu cunhado e sua irmã. Desse modo, vemos apenas frestas dos pensamentos de Yeonghye, sua individualidade nos é mostrada por terceiros. No seu processo de “perder a cabeça” e ultrapassar, livrar-se dos limites da carne/corpo, a (im)possibilidade da inocência no mundo se coloca. É possível existir inocência num mundo que é, ao mesmo tempo, belo e violento? Como (re)agir frente à imposição e à violência?
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“Por que estou emagrecendo? Estou ficando tão afiada; será para cortar o quê?” Parece ser a partir do corte/rompimento com o ordinário e convencional - que é representado pela carne (animal e humana) - que Yeonghye responde à atmosfera grotesca e opressiva na qual ela se encontrava. E esse rompimento machuca, sangra e mata; mas, afinal, “e por que não posso morrer?” pergunta Yeonghye.
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#avegetariana #literaturasulcoerana #todavialivros #leiamulheres

#Pracegover #pratodosverem Capa do livro A vegetariana, de Han Kang sobre uma mesa de madeira. No canto esquerdo, há duas maças vermelhas.
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2021 © eu não sei logaritmo. Desenvolvido com carinho by Pedro Ortega.