As 5 melhores coisas sobre IT – CAPÍTULO 2

Pode conter SPOILERS!

A segunda parte de It – A coisa, que estreou no Brasil no começo do mês, é parada obrigatória para fãs de filmes de terror. Quebrando barreiras de gênero, contudo, já que teve um público amplo e a maior arrecadação de todos os tempos numa estreia de filme de terror (It 1 e 2, conjuntamente, já ultrapassaram a barreira do US$1 bilhão), It – Capítulo 2 reafirma o status de Stephen King na cultura pop e conclui a adaptação do clássico livro de 1986. Originalmente, a história de passa em 1957 e 1985, mas o filme optou por trazer esses eventos para dias mais atuais (talvez por causa do sucesso de Stranger Things e da volta dos anos 80?), o que acabou dando certo. A primeira parte do filme tem uma leveza maior, como se a parte das crianças representasse uma tarde de verão e a parte dos adultos se passasse após o anoitecer. No livro isso não é bem assim, mas o filme alcança alguns bons momentos que listamos aqui:

5. O reencontro de Bev, Bill, Ben, Mike, Ed e Richie. Apesar de a gente saber que as portas do inferno estão abertas, aquele momento de confraternização entre velhos amigos, os Losers, quase 30 anos depois, é muito agradável. É exatamente ali que transferimos nossa afeição pelas crianças para essas novas pessoas metamorfoseadas em adultos. Com pequenas variações em relação ao livro (a parte dos biscoitos da sorte, por exemplo, é bem diferente), o sentimento de estar de volta a Derry é recriado com boas doses de susto.

4. Momentos de medo real, apesar da preferência de Muschietti por certa “estética sintética” (o diretor de Mama claramente adora monstros CGI). O timing do susto é muito bom e, apesar de eu normalmente não ter medo em filmes (infelizmente), neste cheguei a arrepiar de verdade em um ou dois momentos. A cena do Paul Bunyan, por exemplo, que tinha tudo pra dar errado, funciona perfeitamente bem por causa do tal timing.

3. A origem de Pennywise. A cena mais medonha do filme é protagonizada por Beverly, de volta a sua antiga casa. Que velhinha macabra, meu irmão. E toda a construção da tensão vai levando aos sustos que chegam em sequência. Ao final da cena, quando Beverly olha o prédio do lado de fora, temos a impressão de que acabamos mesmo de passar um belo sufoco. Sem contar que Jessica Chastain é uma atriz maravilhosa e nenhuma outra ruiva poderia fazer jus à Beverly badass que conhecemos no capítulo 1. 

2. Cameo de Stephen King. Como vendedor da loja de antiguidades, recusando um autógrafo do escritor Bill Denbrough. Uma grata figura e um bom toque de deboche – Stephen King é um cara muito debochado.

1. O elenco. Impressionante a semelhança entre os atores mirins e os atores que arranjaram para a sequência. Geralmente isso é feito com tanto desleixo que raramente os atores se parecem. Desta vez, a escolha do elenco foi realmente a melhor coisa do filme. 

Sou cientista social e antropóloga formada pela Unicamp. Sou pós-graduada em Gestão Escolar pela USP-Esalq e sou professora/coordenadora em uma escola internacional. Tenho muitas paixões, de caderninhos de anotações a corrida de rua, de Jorge Luis Borges a RuPaul's Drag Race, de Iga Swiatek a água com gás. Sou autora de Quarto mapa (2021) e Hi-fi da tarde e haicais noturnos (2023).

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